sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Matando sonhadores

Comentário sobre: Occupy wall Street

Entre tantas lutas populares, algumas procuram o bem comum (igualdade, justiça e etc.) outras não, seria uma utopia sonhar com um sistema justo?
   Estas marcas da proibição da “tinta vermelha” podem ser observadas quando pensadores ou sonhadores acabam em muitos casos sendo marginalizados em sua própria comunidade; destes muitos pensadores ou revolucionários temos:
Freire (1996): “As vezes temo que algum leitor ou leitora, mesmo que ainda não totalmente convertida ao “pragmatismo” neoliberal mas por ele já tocado, diga que, sonhador, continuo a falar de uma educação de anjos e não de mulheres e de homens.” (p. 17)
Marx: E a economia moderna que se tem em alta conta e não se cansa de zombar, insipidamente, do fetichismo dos mercantilistas, será ela menos vítima das aparências? O seu primeiro dogma não consiste em considerar que estas coisas (instrumentos de trabalho por exemplo) são, por natureza, capital, e que, pretender despojá-las deste carácter puramente social,é cometer um crime contra a natureza? (domínio publico, O Capital parte 1)
Slavoj Ziziek: Nossa mensagem básica é: o tabu já foi rompido, não vivemos no melhor mundo possível, temos a permissão e a obrigação de pensar em alternativas.(Blog da boitempo)
Chico Mendes: Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta dos fundos de sua casa, quando saía de casa para tomar banho. Chico anunciou que seria morto em função de sua intensa luta pela preservação da Amazônia, e buscou proteção, mas as autoridades e a imprensa não deram atenção. (Wikipédia)
    Seria sonho ou direito para nós?A diminuição nos impostos que no Brasil chega as “alturas”, reforma agrária, moradia “humanitária”, descentralização dos poderes onde a sociedade não tem participação ativa, cuidado com a natureza e sua biodiversidade.
  Em ultimo momento querem limitar o direito de pensar, protestar com o que não concordamos e até de sonhar com uma nova sociedade que exista democracia.
Imagem disponível no blog boitempo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Inclusão digital

Entrei apressado e com muita fome no restaurante.
Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos de que dispunha naquele dia atribulado para comer e consertar alguns bugs de programação de um sistema que estava desenvolvendo, além de planejar minha viagem de férias, que há tempos não sei o que são.
Pedi um filé de salmão com alcaparras na manteiga,uma salada e um suco de laranja, pois afinal de contas fome é fome, mas regime é regime, né? Abri meu notebook e levei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:
-Tio, dá um trocado?
- Não tenho, menino.
- Só uma moedinha para comprar um pão.
- Está bem, compro um para você.
Para variar, minha caixa de entrada estava lotada de e-mails. Fico distraído vendo poesias, as formatações lindas, dando risadas com as piadas malucas. Ah! Essa música me leva a Londres e a boas lembranças de tempos idos.
- Tio, pede para colocar margarina e queijo também?
Percebo que o menino tinha ficado ali.
- OK, mas depois me deixe trabalhar, pois estou muito ocupado, tá?
Chega a minha refeição e junto com ela o meu constrangimento. Faço o pedido do menino, e o garçom me pergunta se quero que mande o garoto ir. Meus resquícios de consciência me impedem de dizer. Digo que está tudo bem.
- Deixe-o ficar. Traga o pão e mais uma refeição decente para ele.
Então o menino se sentou à minha frente e perguntou:
- Tio, o que está fazendo?
- Estou lendo uns e-mails.
- O que são e-mails?
- São mensagens eletrônicas mandadas por pessoas via Internet.
Sabia que ele não iria entender nada, mas a título de livrar-me de maiores questionários disse:
- É como se fosse uma carta, só que via Internet.
- Tio, você tem Internet?
- Tenho sim, é essencial no mundo de hoje..
- O que é Internet, tio?
- É um local no computador onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual, tio?
Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai me liberar para comer minha refeição, sem culpas.
- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.
- Legal isso. Gostei!
- Mocinho, você entendeu o que é virtual?
- Sim, tio, eu também vivo neste mundo virtual.
- Você tem computador?
- Não, mas meu mundo também é desse jeito.... Virtual. Minha mãe fica todo dia fora, só chega muito tarde, quase não a vejo. Eu fico cuidando do meu irmão pequeno que vive chorando de fome, e eu dou água para ele pensar que é sopa. Minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas eu não entendo, pois ela sempre volta com o corpo. Meu pai está na cadeia há muito tempo. Mas sempre imagino nossa família toda junta em casa, muita comida muitos brinquedos de Natal, e eu indo ao colégio para virar médico um dia. Isto não é virtual, tio?
Fechei meu notebook, não antes que as lágrimas caíssem sobre o teclado.
Esperei que o menino terminasse de literalmente 'devorar' o prato dele, paguei a conta e dei o troco para o garoto, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que eu já recebi na vida, e com um 'Brigado tio, você é legal!'. Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia de verdade, e fazemos de conta que não percebemos!
Imagem disponível em: 
http://www.hardware.com.br/static/00000000/
img-7c4cf94c.jpg.resized.jpg

Elis Regina - Como nossos pais

                                http://www.youtube.com/watch?v=2qqN4cEpPCw


Essa musica tão linda cantada na voz de Elis Regina foi escrita por Belchior no tempo da ditadura, num tempo em que os jovens não tinham liberdade de expressão. E, fala de pessoas que estavam acomodadas com essa repressão.
Fala de esperança, por viver dias melhores e não se deixar abater pelo que passou.
Mas principalmente passa a mensagem de não se viver, ou se repetir os erros passados, “como nossos pais”.
A juventude atualmente precisa buscar na historia do nosso país momentos de lutas e conquistas que só foram possíveis porque os jovens da época arregaçaram as mangas e gritaram sua opinião, como visto no caso Collor, para que as futuras gerações tenham também do que se orgulhar quando voltarem ao passado para entender os dias de hoje.

Erika Marques

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Dia nacional da consciência negra

Em 20 de novembro, comemora-se o Dia Nacional da Consciência negra, em homenagem á morte de Zumbi dos palmares, essa data lembra a resistência do negro á escravidão de forma geral. O quilombo onde os escravos se refugiavam ficava na Serra da Barriga.
Os escravos faziam os trabalhos pesados que o homem branco não realizava, não tinham condições dignas de vida, eram maltratados, apanhavam, ficavam amarrados dia e noite em troncos, eram castigados, ficavam sem agua e sem comida, suas casas eram as senzalas, onde dormiam no chão de terra batida. Em 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel assinou a Lei Aurea libertando os escravos.
Hoje as estatísticas sobre os brasileiros ainda espalham desigualdade entre a população de brancos e a de pretos e pardos. Por isso é tão importante conhecer um pouco sobre a história dos escravos.
A criação desta data pode ter sido também uma forma do governo para lembrar ao povo da escravidão no pais fazendo desta uma forma de inclusão no calendário nacional, respeitando a lembrança deste período tão sofrido pelos negros do nosso pais.



Referência bibliográfica:

Debora Batista


terça-feira, 22 de novembro de 2011

História em quadrinho

Com o tema: "Memórias da minha alfabetização", elaborei a seguinte HQ:


Atualmente compreendo a participação que a escola teve durante o processo da minha alfabetização, porém com meus 6 anos idade, pensava que aprendia tudo com minha mãe e não com a parceria "escola e família" que é fundamental para o desenvolvimento de uma criança.

Janaína Souza

Saiba um pouco mais sobre o cordel

A data foi criada em homenagem ao pioneiro LEANDRO GOMES DE BARROS,
nascido no dia 19 de novembro de 1865.


Embora o cordel tenha feito e ainda faça parte da vida de muitos brasileiros, especialmente do cotidiano nordestino, muitos autores famosos tenham seus versos publicados, sabemos que ainda há muito preconceito sobre esta forma de poesia popular, que tão bem traduz a cultura regional neste rincão do Brasil.

 No final do século XIX e início do século XX, o cordel fazia parte da vida do nordestino que vivia no campo e que através do cordel ganhava forças para sonhar e traziam através dos versos a sua realidade cotidiana.

Portanto, se engana quem pensa que a literatura de cordel tenha suas raízes fincadas somente no nordeste brasileiro, o cordel ganhou o mundo com seus versos, suas rimas, métricas e todas as técnicas possíveis e imagináveis utilizadas por todos os poetas e estilos de época mais diversos, chegando aos lugares mais distantes. Em Portugal, a expressão cordel é cordéis, assim são conhecidos e nomeados os livros impressos em papeis baratos, vendidos a baixos preços; a literatura de cordel de Portugal abarca a história, peças,  novelas e romances, e tem como autores a camada média da população como: advogados, professores, militares, médicos e funcionários públicos, entre outros.

Um dos grandes episódios dentro da literatura de cordel foi o grande debate que se deu entre Francisco Romano e Inácio da Catingueira que foi registrado em folheto: estavam ali duas lendas do cordel: um era filho de escravo e analfabeto e o outro era abastado e conhecedor das letras, deixando claro que o cordel é uma cultura que não distingue classe ou grau de conhecimento científico, etnia, gênero (embora seja rara a participação de mulheres) e que, em diálogo com as mais variadas formas de cultua, enriquece sobremaneira o conhecimento humano.

Uma cultura tão rica como a nossa literatura de cordel não pode ficar parada debaixo de um preconceito; só se combate o preconceito através do conhecimento. A melhor maneira de corrigir esse equívoco é através do espaço aberto para o debate dentro das salas de aulas, levando assim o conhecimento para nossos alunos, aproximando aquele que busca conhecer de todos os modos do fazer cultural disponível.

Que a literatura de cordel desperte dentro das nossas escolas, e que o conhecimento vença o preconceito que o brasileiro tem e que o faz nega as suas raízes e o faz perder a sua identidade como nação: hoje é um dia significativo na história do cordel.


Referência bibliográfica: Literatura de Cordel: história, formas e temas.
Imagem: http://www.luizberto.com/wp-content/DIA-DO-CORDELISTA.bmp

ELAINE PEREIRA

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

OS PRIMITIVOS DO FUTURO




Gravada originalmente em Canto de Esperança (1983), disco de estreia do cantor e compositor picoense (PI), Odorico Carvalho, Homem Boi Berro tem como letra o poema homônimo do poeta Francisco Miguel De Moura e trata das relações sócio-políticas no âmbito do trabalho e jogo de poder, que ocorrem em todas as sociedades humanas e em todos os tempos, a partir da realidade do semiárido piauiense.


HOMEM-BOI

Boi manso, boi de carga, boi de arado, o que guia os outros ao matadouro.
Mansão: Que sina, arre! Fustigado, urra! E resiste, irra!

Pobre diabo.

O BERRO

A indústria da seca, a fome, a manipulação, as reses do rebanho.
“Do boi nada se perde. Só o berro”, dizem.
Aqui o berro é somado e provado: ecô,ecô, mansão!
Se emperra, empurra, espora, chicoteia.

Pobre diabo.

O HOMEM DE FERRO

O homem-homem, com o suposto poder de opressor e também oprimido:
Outro status de rebanho.

Pobre diabo.

DEUSES DE BARRO

A indústria de fé, do destino, da sina:
“É assim e não pode mudar, pois deus assim o quer.”
Um deus ou muitos deuses criados pelos donos do mundo do diabo.

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EVOLUÇÕES


A NATUREZA

Foi a criação perfeita
na celebração de suas leis imutáveis,
por mecanismos inefandos,
até chegarem estes monstros,
revolvendo a terra à procura de supérfluos,
derrubando florestas
em busca da árvore que dava dinheiro
e lançando os alicerces
da sua própria ruína.

O HOMEM

Lobo astuto que tem fome de tudo
para satisfazer seus instintos absurdos.

A ESCRAVIDÃO

Numa sociedade de consumo.

A FOME

A globalização do meu quintal.

HÁ MUROS QUE NÃO CAEM

Foi o que nos dividiu
E nos fez pensar assim:
Em raças, castas, crenças.



Paulo Sérgio e José Filho

ECCE HOMO



Na década de 90 havia um desenho animado entitulado HAN, no qual o personagem homônimo, um tipo ariano esbelto e filosófico, vagava por uma terra repleta de dinossauros e vulcões procurando o “fim do mundo”, que seria, tão-somente, o lugar onde o sol se punha; nesta insólita jornada, observava a natureza e todas as suas relações, em especial, uma espécie bípede e de espinha ereta à qual se referia como: “a raça dos que caminham de pé”, tentando entender seus paradigmas e paradoxos.

ECCE HOMO:

Para Han, ereto;
Para Eddie Veder, mamífero que veste calças e faz planos;
Para Aristóteles, animal social;
Para Rousseau, bom selvagem;
Para Locke e Hobbes, selvagem;
Para nós, uma espécie bizarra (bela e terrível) de uma animalidade requintadíssima.

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Homo-Erectus - Animal Social

Homo-erectus
Animal social
Verme revolucionário
Bárbaro sanguinário
Monstro solitário
Primeiro mandatário.

Homo-erectus
Animal social
Precursor da ira
Manipulador da mentira
Artífice da mira
O primeiro que atira.

Homo-erectus
Animal social
Zoon politikon
Zoon babilon
Zoon satiricon
Zoon ponto com.

Homo-erectus
Animal social
Canibalismo doméstico
Satanismo profético
Cristianismo patético
Charlatanismo poético.

Homo-erectus - zoon non sapiens.

Poema de JOSE FILHO DE SOUSA, DISPONÍVEL EM:



Paulo Sergio e José Filho

MÍDIA - A MAIOR ARMA DE GUERRA JÁ VISTA



Comercial de rádio e TV veiculado no ano de 2008, tendo como trilha sonora a música Bitter Sweet Symphony, da banda de rock britânica The Verve, que fala contra o consumismo e a exploração, carros-chefe do capitalismo neo-liberal.


Trecho:

“Você se tornará escravo do dinheiro
Eele te destruirá.”

Será que a agência publicitária ou o próprio banco desconheciam o teor da letra?
Ou teriam eles fé inabalável no poder hipnotizador da mídia, no qual não importa o que se diga ou o que se mostra, tudo se vende de qualquer forma?
Ou ainda, a consciência de que: quem compra o que não precisa, compra qualquer coisa?


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Sob Controle Remoto

Dizem que a arte imita a vida
e que, talvez,
a vida imite a arte.
Certo é que
a televisão fascina imbecís
e os imbecís
imitam a televisão.

Homens comuns amam a mediocridade.
amam a hipocrisia.
amam a televisão.
amam a mentira.

Agora, veja os nossos comerciais!
veja os nossos filmes!
vá dormir!
Boa noite!

domingo, 20 de novembro de 2011

História em quadrinhos: "A evolução"





A HQ traz aspectos muito ligados a EJA (Educação de Jovens e adultos), pois trazem consigo já uma visão de mundo construído e através dela e da instrução do professor passa a aprimorar e construir mais conhecimento. Além disso, alfabetizar um adulto é incluí-lo na sociedade, dando-lhe o que lhe é de direito como cidadão.

Erika Marques e Janaína Souza

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Memórias: Bairro Jardim Calux - SBC

Em média de 20 anos atrás os moradores do bairro Jardim Calux, em São Bernardo do Campo viviam de forma desastrosa, não havia asfalto, esgoto encanado, etc. Além de ser um lugar de muita violência. Simplesmente falar talvez não seja o suficiente, por isso trago abaixo algumas fotografias que mostram como era e como está atualmente, percebe-se claramente uma mudança significativa para a vida deste povo. Escuta-se relatos: “Hoje vivemos no paraíso! Temos as lembranças para contar e as fotografias para mostrar aos nossos filhos como era aqui.”


Rua Janete Clair

Rua Jorge Amado (próxima a passarela - DER)
Rua Manoel Bandeira (Antes um córrego,
que recebia o esgoto da metade do bairro)

Praça Vicente Antônio de Almeida

Praça Vicente Antônio de Almeida

Sede da Associação de Moradores

Derrubando os barracos na rua Carlos Drummond
de Andrade e ela atualmente
Quadra atualmente
(Praça Vicente Antônio de Almeida)
e uma parte do bairro.


Percebemos que com o passar dos anos, houve inclusão dos moradores deste bairro, os mesmos passaram a ter esgoto encanado, aos poucos conseguiram construir suas casas de alvenaria, as ruas foram asfaltadas e mais, há espaço de lazer, as crianças podem brincar em praças e parques tranquilamente.
Relembrar ou até mesmo conhecer como fora este bairro nos faz refletir sobre nosso hoje, valorizar aquilo que temos e melhor, contribuir para que melhore ainda mais. 


Fotografias cedidas pela Associação de Moradores Jd. Calux

Janaína Souza

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Por quê usar histórias em quadrinhos em sala de aula?


As HQ (historias em quadrinhos) têm conquistado um grande espaço dentro da escola, usados como um instrumento de ensino podem ser importantes ferramentas pedagógicas para estimular a leitura e trabalhar em sala de aula.
Os quadrinhos também podem ser utilizados de forma interdisciplinar com português, artes, historias, enfim pode servir para tudo. Os alunos podem trabalhar em duplas, aqueles que não sabem desenhar podem escrever a narrativa e o outro desenha.
 Nos quadrinhos tudo pode ser resolvido em poucos traços, contando que esses traços consigam representar os elementos da narrativa que possa ajudar a promover a prática da leitura e além disso, ser um importante instrumento  no processo da alfabetização.
O professor pode ajudar o aluno a estruturar a historia e os personagens, desenvolver diferentes desenhos, com criação de argumentos e roteiros de historias, e pode pedir que os alunos criem suas próprias histórias em quadrinhos.
Aprender com quadrinhos tem haver com a prática de desenho e observação, mostrar para o aluno que a narrativa tem que ser de fácil assimilação e compreensão, e com isso o aluno poderá se interessar em associar a fala do personagem, conhecendo cada vez mais as características dele e se identificando com a história. Essa relação de fala e escrita é importante no processo de alfabetização.
Utilizando HQs de linguagem simples e de fácil compreensão é possível chamar a atenção dos alunos, que em geral não oferecem resistência a seu uso, uma vez que são relacionados a uma forma de entretenimento e lazer. Os quadrinhos quando são produzidos em sala de aula, como recurso para complementar o ensino de determinado conteúdo fazem do aprendizado significativo, ou seja, os alunos levarão essa experiência por toda a vida.
Pode se esperar que uma criança que tenha vivido uma alfabetização de forma espontânea e divertida, esteja mais motivada a explorar os conteúdos adquiridos do que outras atividades que lhe tenham sido impostas de maneira desagradável. As HQs podem estimular o prazer pela leitura.
Esta é uma ótima estratégia para o professor que deseja diversificar a sua aula, nada mais gratificante para um educador do que poder ver em seus alunos o fruto de seu trabalho, de poder olhar para cada rostinho e perceber nele a alegria de aprender a ler e escrever, e ter a certeza de que esse aprendizado acontece com prazer. 

Imagem disponível em:
http://3.bp.blogspot.com/_8zGKBpmRQNA/
TGkwUe8yi5I/AAAAAAAAAGk/mv1jSoyny_I/s1600/hq.jpg



Debora Santos

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

BULLYING E VENTRILOQUISMO


De tempos em tempos sopra um vento de ruína sobre a humanidade ou a humanidade fabrica seus próprios temores?
Entendo-se a estrutura educacional composta de um lado por: professor, escola, diretoria, conselhos, secretarias municipais e estaduais, ministério da educação etc. e de outro, o aluno, a família, sociedade, etc. como dois mundos que, ao se desenvolverem se complementam, se entrecruzam, podemos inferir que, exceto professor e aluno, todas as instituições envolvidas no processo educativo são relapsas no cumprimento deste papel. Professores e alunos, desprovidos do apoio que esta ampla rede lhe prestaria, são colocados num campo de conflito onde enxergam apenas um ao outro, identificando-se como inimigos e combatendo-se, num jogo perverso de manipulações.
Na micro-sutileza da alienação, não são professores contra alunos, no plural; o sistema individualiza, divide para enfraquecer: é professor versus aluno, negro contra branco, jovem contra velho, homem contra mulher contra homossexual, contra o outro...
Na visão de Eddie Veder, autor da música Jeremy, o seu infante personagem, não suportando o peso da opressão contra o “diferente”, ao contrário de Wellington Menezes em realengo, dos atiradores de Columbine e do garoto de dez anos em são Caetano do sul, recentemente,  tem revólver, mas não atira nos outros, apenas fala, desabafa no local em que se reune o maior número daqueles que o excluem: a sala de aula; suas palavras ferem indiscriminadamente, em desespero, denunciando a doença e a falência das sociedades.



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REDESCOBERTA DO FOGO 


Os sistemas educacionais faliram:
Tanto o pedagógico
Como o familiar.
Vivemos em sociedades
Sem ser sociedade;
Somos individualistas
Sem ter individualidade.
E, se levamos bilhões de anos
Para evoluir da forma vermicular
Até ao que pensamos ser hoje,
Não levaremos mais que
Algumas décadas
Para regredir às cavernas,
Mais brutos
E perigosamente armados.

JOSÉ FILHO

domingo, 6 de novembro de 2011

Haja EJA

No dia 05 de novembro (sábado), aconteceu o Haja EJA no município de São Bernardo do Campo, evento este que prestigia os trabalhos e atividades realizadas por alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). 54 escolas trouxeram materias para exposição, nos mostraram inclusão, aspectos culturais, artes, etc. Além disso, o evento trouxe profissionais e alunos para atuar na área da saúde e beleza, fazendo teste de diabetes, medindo a pressão arterial, cortando os cabelos, fazendo sobrancelhas, etc. Isso para todos e todas que tivessem interesse.
Confira algumas fotografias do evento:









Fotografias e texto: Janaína Souza

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pedagogia e Empresa, que casamento é esse?

Nos últimos tempos pedagogos têm deixado sua formação de professor/educador para usar a pedagogia no campo empresarial, mas o que faz um pedagogo em uma empresa?
O papel do pedagogo é o de facilitar a aprendizagem, criar formas e estratégias que garantam um conhecimento eficaz, conhecimento esse capaz de gerar mudanças tanto no âmbito comportamental, quanto no pessoal. Nas empresas isso nada mais é do que formar funcionários comprometidos com seu trabalho, e gestores mais prudentes, que valorizem esses funcionários.
O pedagogo empresarial vai juntar as técnicas adquiridas na graduação, às técnicas de outros profissionais, desenvolvendo projetos, coordenando equipes de diferentes formações, visando aprendizagens significativas, trazendo mudanças ao ambiente de trabalho definindo políticas permanentes de desenvolvimento.
Quanto mais o funcionário se sente valorizado em seu trabalho e recebe conhecimentos que aprimorem a sua função, mais produção ele fará, quanto mais à empresa investe na formação do funcionário mais produção e lucratividade terá, o que favorece os dois lados.
Henry Ford quando criou o processo de montagem de carros em serie a um baixo custo e em menor tempo, não estava pensando apenas em lucros, mas também em criar consumidores para seus produtos, apesar de criar uma linha de montagem repetitiva e consequentemente mais cansativa, diminuiu a carga horária e aumentou os salários, o que trouxe melhor qualidade de trabalho e garantiu mais consumidores para seus carros.
"Com sua filosofia de produção em massa, preços baixos, altos salários e organização eficiente do trabalho, Henry Ford apresentou ao mundo o maior exemplo de administração eficiente individual que a história conhece", definiu o professor Reinaldo O. da Silva, em seu livro Teorias da Administração.
Apesar de não ser um pedagogo, a teoria de Ford nos remete a entender a necessidade de bons pedagogos nas empresas, pessoas comprometidas com seu trabalho que de maneira humana irão interagir com empregadores e empregados, criando um casamento de qualidade entre patrão e empregado com um final sempre feliz, ou seja, um relacionamento onde todos se doam e todos saem lucrando.
Fonte: Disponível em:

Erika Marques